DEVOCIONAL – 20/07/13
Texto:
Jo 8:1-12
Observações:
No
capítulo anterior, vimos pessoas confrontando Jesus sobre a veracidade de seus
ensinamentos, inclusive o questionamento de seus irmãos. O confronto continua,
de um lado, as multidões procuravam Jesus para ouvi-lo, de outro, os líderes da
religião constituída buscavam toda ocasião para enredá-lO, tentando desconstruí-lo
frente aos seus seguidores. É exatamente isto que vemos no relato da mulher
adúltera, no início do cap.8.
Vale
ressaltar que na opinião de grandes estudiosos, este texto apresenta um problema. Já que lendo
o texto percebe- se que esta parte destoa do resto da narrativa do Evangelho de João. Na verdade, encontramos
todas as características dos Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas).
Esta passagem não foi encontrada nos
manuscritos mais antigos. Analisando, vemos uma semelhança muito forte com o
Evangelho de Lucas e que aí seria o seu lugar (Para alguns biblistas o lugar
seria a parir de Lc 21:38). Não se sabe porque a história veio parar no
Evangelho de João. Contudo, é importante deixar claro que em nenhum momento se
questiona a sua inspiração ou canonicidade.
Vamos ao quadro dos 11 primeiro
versículos:
Jesus está no Monte das Oliveiras que
fica próximo do Templo onde Ele está ensinando. Quando, de repente as velhas
raposas, digo os fariseus trazem, em sua presença, uma mulher presa em flagrante
de adultério. Conforme a Lei quem cometesse adultério deveria ser morto (Cf. Lv
20:10 e Dt 22:22-27).
E o Mestre lida com essas raposas com
uma maestria extraordinária. Ele começa a escrever no chão. Imagine como ficaram
os caras. O texto não diz o que foi que Ele escreveu. Só que os caras insistiram
em saber a resposta de Jesus. E a Resposta do Rei dos reis foi:
“Quem não tem pecado, atire a primeira pedra!”.
O que Jesus escreveu? Teria escrito os
pecados de cada um deles? Ou será que Jesus lembrou aos santões que ninguém comete
um adultério sozinho. A mulher estava ali, onde estava o adultero? De acordo
com a Lei ele também deveria morrer.
O fato é que todos, a começar pelos
mais velhos, foram embora.
Jesus não condena a mulher, mas a perdoa. Ele diz a ela que basta não pecar mais, vá em
paz. Não é preciso que ela o recompense, oferte algo, faça um sacrifício, não há indulgências.
Prática/Aplicação
Perdoar ou pedir perdão? O que é mais difícil? Por quê?
Na nossa cultura
machista, se o homem trai, ele fez o que é da sua natureza. Vamos perdoa-lo e
seguir a vida. Já a mulher... Apedreja esta vaga... E assim por diante. Alguns
dizem que isso mudou. Será?

A mulher não
saiu com os outros. Não fez uso da oportunidade para escapar e fugir. Ser acusado
de um crime é horrível, ainda mais quando você foi pego. Ela ficou junto a
Jesus, creio que precisava ouvir o perdão do Salvador, e ouviu. Jesus não faz
investigações e nem aconselha a mulher. Ele sabe que o milagre já á aconteceu.
Ele não é conivente com pecados, mas sabe que a Fé nasceu. Fé que a faz submeter ao
Outro, ao Rei. Ele é radical contra o pecado, basta lermos o sermão do monte.
Ele é duro com os religiosos, ele não faz acepção. Ele responde ali, tanto aos
acusadores quanto a adultera a pergunta:
Onde, afinal, se pode achar o perdão?
Em sua pessoa. Jesus é a única resposta a essa pergunta.
Por isso ele profere a palavra válida de perdão também para essa mulher, que
com sua culpa permaneceu parada diante dele.
Ele profere para
mim que careço da Glória de Deus, pois sou pecador e peco. Sou eu que falo palavras
de vitória hoje e amanhã estou com medo. Tenho recaído em vícios. Sofro para
vencer a minha carne. Como Ele é maravilhoso!!! Ele nos atrai para sua
presença, vem ao nosso encontro e ilumina a minha vida, a sua vida. Ele nos perdoa, é o advogado, é a nossa força, nosso escudo, nosso refrigério.
Ele é Luz do mundo.
Ele ilumina o nosso ser para receber perdão e Salvação. Mas, aquele que é salvo,
precisa compartilhar o que recebeu. Precisar Perdoar. Por experiência própria,
sei que perdão beneficia muito mais aquele que perdoa.
Oração

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