sábado, 22 de setembro de 2012

Podemos Perder a Salvação?




Já de cara, a resposta é não. A doutrina arminiana, ou pior, a pelagiana é tão impregnada no brasileiro que a doutrina Bíblica da soberania de Deus sobre a salvação do homem é algo que chega até a ofender algumas pessoas acostumadas a acreditar que o ser humano é “dono de si mesmo” e Deus “repeita nosso ‘Livre Arbítrio’”.
 Bom, Livre Arbítrio é assunto para outra postagem, mas a realidade sobre a nossa salvação é MUITO boa. 
Se a salvação estivesse em nossas mãos, em nossa vontade de fazer o que Deus manda, vamos falar a verdade, já a teríamos perdido faz muito tempo, né? 
E como Deus é totalmente Santo e Justo, não deveríamos recuperar de volta, mas Ele é bom e misericordioso e salva seus eleitos pela graça, e da fé como agente desta salvação, como o primeiro benefício desta salvação. Não só passamos a enxergar a Verdade sobre Deus, mas passamos a crer nesta verdade por obra única e exclusiva dEle, já que nós somos incapazes por nós mesmos de acreditar de verdade em tudo que Ele diz, o que implica obedecer o que Ele diz, mas sempre preferimos fazer as coisas do “nosso jeito”.
A má notícia é que esse “nosso jeito” não é, na extrema maioria das vezes” o jeito que Ele quer as coisas, então, não temos condições de manter a salvação por nós mesmos. A boa notícia é que Ele nos ama tanto e sua graça é tão abundante, que Ele mantém a salvação pela misericórdia que Ele tem por quem Ele se revelou através do Espírito Santo, dos que crêem no nome de Jesus e dobram seus joelhos a Ele com sinceridade de coração, com a fé que Deus dá aos seus filhos eleitos. Ele prometeu:
Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.
Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?
Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.
Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro.
Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.
Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. 
Romanos 8:29-39
Existem aqueles que saem da fé porque nunca foram regenerados de verdade, eram apenas “convencidos” não “convertidos”, como diz a Bíblia (Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós. 1 João 2:19), mas este é assunto para outra postagem.
Para elucidar melhor a maravilhosa notícia de que Deus cuida de nós e de nossa salvação, dos que crêem de verdade no seu nome, segue um pequeno texto explicativo:

Preservação


Entre os últimos passos na ordem da salvação está a preservação. A palavra preservação enfatiza o fato que, por causa do poder e graça de Deus, os crentes não podem perder sua salvação. Deus preserva o seu povo (Sl. 37:28: Jr. 32:40; 1Pe. 1:5). O motivo dos crentes não perderem sua salvação não é devido à sua obediência, fidelidade e esforços, mas somente à graça de Deus, que nos guarda e protege de apostatar.
O que, então, Deus preserva? Ele preserva a nova vida da regeneração que está neles, como a semente de toda a sua salvação (1 João 3:9). Ao preservar isso, ele também preserva a fé e obediência deles, de forma que continuam a crer e a guardar os mandamentos de Deus, embora imperfeitamente.
Colocando de uma forma mais simples: Deus preserva sua obra de graça em seu povo (Sl. 90:17; Sl. 138:8; Fp. 1:6).
Deus  não preserva a carne e as obras da carne! No crente a carne, suas obras, e seu domínio devem ser destruídos (Gl. 5:24). O crente não deve desejar preservar tais coisas, nem tentar preservá-las.
Faremos bem em lembrar que de acordo com essa doutrina, são os eleitos de Deus quem são preservados. Ele os preserva porque os escolheu em Cristo (Ef. 1:3, 4, 11).
Contudo, os eleitos não são preservados à parte da fé. A fé é sempre o caminho, embora nunca a razão, da salvação. 1 Pedro 1:5 ensina que os crentes são “mediante a fé… guardados na virtude de Deus para a salvação”.
Do que, então, são os crentes preservados? Eles não são preservados da tentação, da fraqueza ou de cair em pecado.
Quão importante é lembrar isso! Os crentes não são preservados de cair, mas de cair definitivamente; não da tentação, mas de serem destruídos pela tentação; não do pecado, mas do pecado para morte. Devido inteiramente à fraqueza e pecaminosidade deles, os crentes podem e de fato caem  em tentação e pecado. Mas o Salmo 37:24 nos assegura: “Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o SENHOR o sustém com a sua mão”.
Que os crentes podem e caem é demonstrado na Escritura pelos exemplos de homens como Davi e Pedro. Que eles não podem cair definitivamente é demonstrado pela restauração desses homens.  De fato, no caso de Pedro, o Senhor deu certeza de antemão que ele não cairia definitivamente: “Disse  também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo. Mas eu roguei  por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos” (Lucas 22:31,  32).
Que obra maravilhosa da graça é a preservação!
Rev. Ronald Hanko
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
Fonte: Doctrine according to Godliness, Ronald Hanko,
Reformed  Free Publishing Association, p. 210-11.
Texto extraído do site Monergismo

Bobby Jamieson – Quando você pode mudar sua igreja? (2/4)


 Antes de você tomar alguma decisão, sugiro que você espere as quatro postagens e esteja em oração.
  1. Porque Você Não Pode Mudar Sua Igreja
  2. Quando você pode mudar sua igreja?
  3. Como Mudar Sua Igreja
  4. Como Viver Com o Que Você Não Consegue Mudar
Em meu post anterior eu argumentei que, em geral, se você não é o pastor de sua igreja, você não pode mudá-la de nenhuma maneira fundamental. E eu admiti que há exceções, ainda que a maioria delas apenas prove a regra. Este post dedica-se às exceções, uma vez que reconheço que muitos leitores de fato encontrarão a si mesmos em situações excepcionais.
Em meus próximos dois posts após este, eu planejo focar no que você de fato pode fazer na maioria das circunstâncias para mudar sua igreja, mesmo que você não seja o pastor. Mas, por ora, as exceções.

Exceção Genuína 1: Quando Você Deve Mudar Sua Igreja

A primeira exceção é se sua igreja está se arrastando para erros doutrinários sérios, como negar a Trindade, ou a inspiração e a autoridade das Escrituras, ou a salvação pela graça de Deus somente através da fé somente. Se esse é o caso, você não apenas pode, mas deve trabalhar para mudar sua igreja.
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Em Apocalipse 2, Jesus responsabiliza igrejas locais inteiras pelo que elas fizeram com os falsos mestres (Apocalipse 2:2, 14, 15, 24). Se elas expulsaram os falsos mestres, Jesus as elogia. Se elas toleraram os falsos mestres, Jesus as condena.
Portanto, no fim das contas, é responsabilidade da igreja local como um todo defender a sã doutrina. Isso significa que se sua igreja começa a negar as doutrinas principais, você pessoalmente tem a obrigação de fazer algo a respeito.
O que você irá fazer dependerá de quem está ensinando o que, e da magnitude do erro. Certamente se um pastor está ensinando um grande erro doutrinário, ele precisa ser removido do púlpito. Se outros líderes eclesiásticos oficialmente reconhecidos podem levar a igreja a tomar esta atitude, bom. Se não, as coisas podem ficar mais feias, mas você ainda tem a obrigação de se livrar de um mestre que está seriamente se afastando das Escrituras.
Então, se esta é a situação, ore por sabedoria. Ore por união no meio da igreja. Ore para que a verdade revele o erro. E, em oração, comece o trabalho de remover o pastor infiel e encontrar um pastor mais fiel.

Exceções às Exceções

Então, essa é uma exceção genuína à ideia de que você não pode mudar a igreja se você não for o pastor. Há outra que eu mencionarei ao final. Mas, primeiro, eis aqui alguns cenários que podem parecer exceções, mas não são.

1. “Precisa-se de Ajuda”

Primeiramente, em meu post anterior eu não quis dizer de nenhuma maneira que membros individuais de igreja não podem contribuir de nenhuma maneira significante na reforma em andamento de uma igreja. O exato oposto é verdadeiro: a reforma da igreja tem de ser enraizada em toda a membresia, do contrário, não é reforma nenhuma.
Para ser específico, vamos dizer que você é parte de uma igreja que está no processo de ser reformada ou revitalizada. E vamos dizer que você concorda com os líderes de sua igreja sobre os problemas da igreja e as soluções a serem buscadas. Você pode trabalhar para mudar sua igreja nesta situação? É claro! Você pode tomar a iniciativa e encabeçar alguns dos esforços sob a direção do(s) pastor(es)? É claro!
Em outras palavras, se um pastor bíblico e com uma mentalidade de reforma pendura uma placa de “Precisa-se de Ajuda”, dê uma mão de todas as maneiras.
Nesta situação, no entanto, você não está trabalhando para mudar a direção da igreja, mas ajudando a colocá-la na direção que os líderes já estão apontando. Você não está trabalhando contra os líderes, mas com os líderes. E seu trabalho como membro de igreja é absolutamente crucial.

2. Ele Parece Aberto a Mudanças…

Às vezes, os pastores parecem ser genuinamente abertos a mudanças. Eles falam sobre querer ir por uma nova direção. Talvez tenha adquirido um novo conjunto de influências, lido alguns livros novos, descoberto um novo modelo. Às vezes, isso levará a uma mudança concreta, e nesse caso nós voltamos ao primeiro cenário.
Mas, às vezes, os pastores podem desejar mudança, ou concordar com a necessidade teórica de mudança, sem de fato se comprometerem a liderar tal mudança. Ocasionalmente os pastores serão abertos a aconselhamento, e irão até agradável e gentilmente concordar com um membro que esteja pressionando para uma nova direção. Mas eis o problema: se o pastor não estiver disposto a liderar a mudança pessoalmente, tal mudança nunca alcançará toda a igreja.
Se uma igreja irá mudar, isso vai custar mais ao pastor do que a qualquer um. O pastor terá de ensinar publicamente. Ele terá de iniciar reformas práticas. Ele terá de responder a perguntas. E o que é mais custoso: ele terá de estar disposto a tomar alguns socos, irritar alguns membros mais antigos, e geralmente tornar as coisas muito mais difíceis para ele mesmo para que possa ver a mudança acontecer.
Se o pastor não está disposto a fazer tudo isso, nenhum membro poderá obrigá-lo. Se o pastor não está convencido de que ele deve mudar a direção da igreja, você não pode colocar consciência na cabeça dele. Se o pastor não está disposto a liderar a mudança, você não pode jogá-lo para a frente público e sussurrar para ele o roteiro.
Resumindo, só porque o pastor parece ser aberto a mudanças, não significa que ele — ou a igreja — irá de fato mudar.

3. Liderando a Partir da Segunda Cadeira

E se você for um pastor de uma igreja, mas não é o pregador principal?
Primeiramente, deixe-me afirmar que todos os pastores ou presbíteros de uma igreja compartilham igualmente a responsabilidade de liderar e direcionar a igreja. Isso significa que se há um “pastor presidente”, ele deveria perder votos entre os presbíteros regularmente, e deveria agradecer a Deus por dar à igreja mais sabedoria do que há nele mesmo.
Em segundo lugar, no entanto, na maioria das igrejas há apenas um homem que faz a maior parte das pregações, e que possui uma quantidade correspondente de autoridade pastoral informal. E, como eu disse em meu primeiro post, a maior parte das convicções dos pastores encarregados da pregação sobre assuntos fundamentais de eclesiologia e ministério não são cimento fresco. Além disso, falando de maneira prática, o “pastor presidente” terá de não apenas concordar com quaisquer mudanças que você propuser, mas de alguma maneira encabeçá-las. Então voltamos à segunda situação.
Moral da história, você não pode liderar uma mudança a partir da segunda cadeira. Isso plantará sementes de divisão e azedará seu relacionamento com seu colega pastor.

Exceção Genuína 2: A Igreja Abomina um Vácuo

Por fim, apesar disso, há pelo menos mais uma exceção genuína que eu posso ver: um vácuo de liderança. O que eu primariamente tenho em mente aqui é uma igreja que, por qualquer razão que seja, não possui um pastor formalmente reconhecido, principalmente se um pastor saiu recentemente.
Na ausência de um líder (ou líderes) visível e universalmente reconhecido, a direção da igreja estará verdadeiramente e bem disponível para ser tomada. E se há um vácuo de liderança na igreja, então alguém intervirá e o preencherá.
Portanto, os membros da igreja que são qualificados para liderar e são comprometidos com uma reforma bíblica deveriam tentar, assim como no xadrez, conquistar o meio do tabuleiro. Eles devem assumir encargos de liderança, gentilmente definir novas trajetórias, construir um consenso sobre prioridades bíblicas, evitar objetivos inúteis, e trabalhar para chamar um pastor que irá pregar e liderar fielmente.
Podemos chamar este movimento de “reforma da igreja a partir da base”. Estas situações são raras, e são certamente complicadas. Mas já foi feito, e quando Deus se compraz em abençoar o trabalho, os frutos podem ser impressionantes.

Mais Pela Frente

Quer você esteja em uma destas situações excepcionais ou não, oro para que Deus lhe dê sabedoria para discernir como melhor servir, fortificar, e unificar sua igreja local, independentemente de como você pode ou não ser capaz de mudá-la.
E se você está em uma igreja que precisa mudar, mas você parece não ter poder nenhum de mudá-la, continue sintonizado. Em meus próximos dois posts, eu tentarei oferecer algumas sugestões práticas sobre como membros de igreja podem mudar quase qualquer igreja para a melhor, e também sobre como viver com aquilo que você não pode mudar.
Por Bobby Jamieson. Copyright © 2012 9Marks. Website: 9marks.orgOriginal: When Can You Change Your Church? (Part 2 of 4)

E TATOO, PODE?

E TATOO, PODE?


CUIDADO PARA NÃO SERMOS
OS JUIZES DE DEUS...

Texto fora do contexto é pretexto para heresia...
Bem, antes de falar acerca do assunto, falarei de mim e meu contexto... Tenho um Studio em BH e sou piercer, estou totalmente inserido no mundo da tatuagem e do piercing. As tattoo’s e piercings que tenho foram feitas após a minha conversão e todas as tattoo’s têm um significado pra mim que denota a minha fé.

Afirmar que o corpo é templo do Espírito Santo é uma verdade inquestionável, só que o referido texto (I Co 6:19) fala de prostituição, de profanar o templo de Deus com o pecado, e nenhuma alusão a qualquer coisa que lembre tatuagens, piercings, comer pimenta, e afins.

Acredito que Deus possa falar ao coração de uma pessoa acerca de tatuagens e piercing’s, com o propósito da mesma não fazer, ou até mesmo retirar as que têm, não duvido disto, porém não podemos esquecer que Deus trata com cada um de forma pessoal. Os planos d'Ele para a vida de uma determinada pessoa não são os mesmos para a minha, e ambos podemos fazer a vontade Dele. Com certeza, Deus não faz acepção de pessoas, e sendo assim, exatamente por este motivo, uma pessoa que tenha os itens relativos a este pequeno estudo, podem ser alcançadas pela mesma graça redentora. Rebeldia é algo muito mais complexo do que tatuagem e/ou piercing. Desrespeitar os pais, não amar seu próximo, julgar as pessoas pela aparência, com certeza é rebeldia.

Bem antes da época de Jesus, piercing’s e tattoo’s já existiam (Gn 24:22 e 47). Se "pendente de nariz" não é uma perfuração, então não sei mais o que é.
Poderemos ser a imagem de Jesus a partir do momento que vivermos o que ele viveu, cumprirmos seus designos e vontades, olhar as pessoas como Cristo olhou, sem preconceitos e verdades pessoais, mas cheio de bondade, amor e as "boas novas do evangelho".

O que fazer?

O que a Bíblia fala: Se sua consciência (cristã, é claro) te condena, não faça. Sou membro da Caverna de Adulão, um ministério Underground que trabalha TAMBÉM com pessoas que usam um visual diferente, tatuagens e piercings; pra mim, é uma questão cultural, é algo que gosto e que Deus nunca me cobrou.

PIERCINGS, EVANGELHO E CULTURA.Sandro Baggio
Piercings estão cada vez mais comuns em nossos dias. Algo que há menos uma década era olhado com reprovação e preconceito, é hoje visto em homens, mulheres, jovens e até crianças. Se a sociedade parece estar aceitando esses adereços cada vez com mais naturalidade, os cristãos parecem confusos a respeito. Afinal de contas, a questão da aparência ainda é assunto de grande discussão e controvérsia em muitos círculos evangélicos.

A primeira coisa que precisamos ter em mente quando o assunto é aparência pessoal, é que se trata de algo que muda com o tempo e com o lugar. Usos e costumes estão diretamente ligados à cultura.

Basicamente uma cultura é formada por três elementos: cosmovisão (a maneira como um povo vê o mundo), sistema de valores (o que é importante para aquele povo) e normas de conduta (o modo como um povo se comporta, e isso dizem respeito tanto à vestimenta, como ao modo de se relacionar com os outros, etc.).

Culturas são diferentes de acordo com sua cosmovisão, valores e normas de conduta. Arrotar em público após uma refeição é totalmente aceitável (e até louvável) em certas culturas, e repugnante em outras. Uma mulher com os seios à mostra é normal em muitos países da África (onde a mesma mulher não pode exibir as pernas acima do tornozelo) enquanto que o mesmo é obsceno em outras partes do mundo. Beijar na boca em público é normal aqui no Brasil, mas pode levar alguém à cadeia em certos países islâmicos. Nestes mesmos países islâmicos, um homem não pode andar de mãos dadas com sua esposa, mas pode andar de mãos dadas com outro homem. No Ocidente tal prática evoca idéias de homossexualismo. E por aí vai. Todas essas coisas são formas de expressão cultural.

Podem ser um insulto ou algo escandaloso para os de fora (que não fazem parte da cultura), mas não são necessariamente erradas para quem é daquela cultura.
O fato é que nenhuma cultura é totalmente igual à outra e nenhuma cultura está acima da outra. João viu no céu povos de todas as tribos, raças, línguas e nações (grupos étnicos). Todas as culturas possuem elementos que precisam ser valorizados e outros que precisam ser transformados pelo Evangelho.

Sendo a aparência pessoal é uma questão de expressão cultural, esta aparência também muda de acordo com a cultura. Pinturas na face e no corpo estão presentes em diversas culturas. Na Polinésia, os nativos usam a tatuagem para escrever sua história familiar no corpo. A tatuagem e o piercing no umbigo eram comuns no Antigo Egito. Alguns povos usam piercing, brincos e outras formas de alteração do corpo (body modification ou simplesmente body modi).

O problema é que o mundo está ficando pequeno. Estamos nos tornando cada vez mais uma aldeia global. Esta globalização faz com que certos costumes que antes só eram vistos em algumas culturas isoladas e lugares remotos da terra, comecem a se tornar moda em todo o mundo. A tatuagem de henna é um exemplo recente desta realidade.

E quem são os responsáveis pelo lançamento da moda em nosso mundo? Os meios de comunicação em massa, que muitas vezes mostram artistas, músicos e cantores usando determinada roupa, adereço, estilos diferentes muitas vezes copiados por nós, ou porque não dizer, copiados de nós. Isto mesmo!!!

Citando dois exemplo: Os Rapper’s americanos não inventaram um estilo de roupa e ornamentos, eles já existiam, porém foram popularizados pela mídia. A popularização de alguns costumes orientais no Ocidente teve forte influência dos Beatles, quando estavam em sua fase “Flower and Power”. Muitas das batas, camisões e pantalonas que vemos hoje em nossas ruas, praças, e até na igreja, foram uma influência direta da que é chamada a “maior banda de todos os tempos”, porém, são “politicamente aceitas” por muitas de nossas lideranças.
A popularização do piercing foi em 1993 com o vídeo clipe "Cryin", do Aerosmith, onde Alicia Silverstone apareceu com um piercing no umbigo. Uma banda de rock, uma balada romântica, uma jovem atriz linda. Elementos essenciais para fazer a moda pop ou cultura pop, que nada mais é do que uma mistura de culturas e costumes do mundo pós-moderno.

Leornard Sweet, professor metodista e um dos mais interessantes pensadores cristãos de nossa época, comenta sobre tatuagens e piercings em seu e-book recente "The Dawn Mistaken For Dusk". Ele diz que, a razão pela qual "body modi" é o assunto nº.1 nas listas de discussões e bate-papos de jovens cristãos com menos de 30 anos nos EUA, é pelo fato disto fazer parte da cultura jovem pós-moderna atual (e quase global), uma cultura onde a imagem é altamente valorizada.

A ironia disso tudo é que cirurgias plásticas e implante de silicone são coisas cada vez mais aceitas pelos cristãos modernos. Tem personalidades famosas do mundo evangélico brasileiro com o corpo siliconado. Todavia, como diz Sweet, "Cirurgia plástica é uma forma severa de alteração do corpo. Isto é aceito, mas brincos e tatuagens, não são?”.

Na Bíblia lemos à história de Isaque que deu a Rebeca uma argola de seis gramas de ouro para ser colocada no nariz (piercing) e, após fazer isto, ajoelhou-se para adorar a Deus. Penso que se o primeiro ato fosse pecado ou considerado pagão, então Isaque não teria adorado a Deus em seguida.

No livro de Êxodo, percebemos que as mulheres dos hebreus usavam brincos e argolas, os quais foram oferecidos como oferta dedicada ao Senhor para a construção do Tabernáculo. Novamente, não penso que Deus aceitaria de seu povo ofertas que representassem costumes pagãos.

O texto mais intrigante para mim se encontra em Ez 16.11-12: “Também te adornei com enfeites, e te pus braceletes nas mãos e colar à roda do teu pescoço. Coloquei-te um pendente no nariz, arrecadas nas orelhas, e linda coroa na cabeça” (ARA), onde o próprio Deus diz que adornou Jerusalém com jóias, pulseiras, colares, argolas para o nariz e brincos para as orelhas. Ao que parece, tais adornos não eram uma ofensa ao Senhor.

Uma vez que a Bíblia parece não condenar o uso de piercing, por que deveríamos nós?

Nosso desafio não é condenar, mas orientar as pessoas (principalmente os jovens) para os riscos que existem em fazer estas coisas sem uma orientação profissional e cuidados de higiene e saúde.

A pessoa está consciente dos riscos de inflamação, doenças contagiosas e "efeitos colaterais" diante da sociedade? Está consciente de que algumas alterações são irreversíveis e, mesmo diante da possibilidade de reversão, podem deixar marcas para o resto da vida? Mais ainda, precisamos falar sobre questões de identidade, valor pessoal e auto-imagem. Pois são estas as questões mais importantes para quem está considerando qualquer forma de alteração do corpo, seja uma plástica no nariz, implantar silicone, colocar um piercing ou fazer uma tatuagem.


TATUAGEM
EXEGÊSE E HERMENÊUTICA


Podemos perceber que a palavra tatuagem tem sido muitas vezes tratada de forma repugnante no meio cristão, mas nem sempre é explicado o porque.
O propósito deste breve estudo é analisar a palavra utilizando o contexto em que ela foi empregado para assim, compreendermos o seu emprego nas Escrituras.

REFERÊNCIAS BÍBLICAS:

Lv 19:27-28 – “Não farão calva na sua cabeça e não cortarão as extremidades da barba, nem ferirão sua carne. Santos serão ao seu Deus e não profanarão o nome do seu Deus, porque oferecem ofertas queimadas do SENHOR. Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o SENHOR.”

Dt 14:1-2 – “Filhos sois do SENHOR, vosso Deus; não vos darei golpes, nem sobre a testa fareis calva por causa de algum morto”. Porque sois povo santo do SENHOR, vosso Deus, e o SENHOR vos escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe serdes seu povo próprio.

ANÁLISE DOS VERSÍCULOS

- Não ferireis a vossa carne. -
Essa é uma proibição contra as mutilações. Muitos povos pagãos lamentavam-se desse modo pelos mortos. Quem lamentava por um morto cortava-se como se fosse um sinal de consternação pela morte de um parente ou amigo, pensando que isso adicionava algo à sinceridade de sua lamentação. Tais atos eram estritamente proibidos em Israel. (Jr 16:6, 41:5; Lv 21:5 e Dt 14:21).

- Nem fareis marca nenhuma sobre vós.A tatuagem era praticada entre várias nações antigas, algumas vezes em conexão com as práticas da idolatria. Figuras, marcas ou letras eram tatuadas sobre a pele mediante a injeção de tintas na epiderme. Queimar com ferro em brasa era outra maneira de tatuar. Um escravo tinha a marca de seu proprietário impresso sobre ele; as prostitutas também eram assim marcadas; palavras sagradas eram tatuadas na pele dos adoradores pagãos.

- Eu sou o Senhor.Essa forma, como aquela mais completa, “eu sou o Senhor teu Deus”, assinala divisões no livro de Levítico, o que acontece por dezesseis vezes, só neste capítulo dezenove de Levítico.

Formar os cabelos em curva redonda nas têmporas e na barba, ou a incisão de padrões na pele faziam parte das práticas pagãs de luto, e, como tais, eram proibidas. Desfigurar a pele, que provavelmente incluísse alguns emblemas das divindades pagãs, desonrava a imagem divina de Deus. A perda de um ente querido devia ser aceita como parte da vontade de Deus para a vida do indivíduo, e nenhuma tentativa deveria ser feita para propiciar o falecido de qualquer maneira.


ANÁLISE LEXOGRÁFICA

Esta palavra portuguesa vem do Taitiano “tatau”, a reduplicação da palavra “ta”, que significa “marca”, “sinal”. Está em foco, uma marca indelével, feita mediante técnicas próprias, picando a pele e inserindo algum pigmento sob a mesma. Embora, provavelmente, não haja nenhuma alusão direta à técnica da tatuagem nas páginas da Bíblia, essa tem sido considerada uma interpretação possível em três situações aludidas na Bíblia, a saber:

1. Oth – sinal

Palavra usada por setenta e nove vezes no Antigo Testamento, conforme se vê, por exemplo, em Gn. 1.14; 4.15; Ex. 4.8,9, 17, 28,30; Nm. 14.11; Dt. 4.34; 6.8,22; Js. 4.6; Jz. 6.17; I Sm. 2.34; II Rs. 19.29; Ne. 9.10; Sl. 74.4,9; Is. 7.11,14; 8.17; Jr. 10.2; Ez. 4.3; 20.12,20.

O termo Grego correspondente é semeîon - sinal -, usado por quarenta e oito vezes, conforme se vê, por exemplo, em: Mt. 12.38; Lc. 2.12; Jô. 2.18; At. 2.19, 22, 43; Rm. 4.11; I Co. 1.22; II Co. 12.12; II Ts. 2.9; Hb. 2.4; Ap. 15.1.

2. Chaqaq - gravação, cavar

Com esse sentido, é usada por duas vezes: Is. 22.16 e 49.16. Na última dessas referências, a idéia é que, gravando os nomes de Seu povo em Sua mão, jamais se esqueceria deles.


3.Seret - incisão, corte

Essa palavra só aparece em Lv. 19.28, onde se lê: “Pelos mortos não ferireis a vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o SENHOR”. O termo Seret é traduzido ali como ferireis. Isto pode até parecer uma clara proibição do uso de tatuagens, entre os judeus.

Alguns tem pensado que o trecho de Lv 19.28, sem dúvida, alude à prática da tatuagem. Mas, embora algumas versões estrangeiras tenham traduzido o vocábulo hebraico seret, ali usado, como tatuar, os estudos feitos quanto aos costumes de lamentação e luto pelos mortos indicam freqüentes associações de cortes feitos no corpo ou pinturas, com o raspar dos cabelos, mas nunca com tatuagens, que se revestem de outro sentido. Por semelhante modo, qualquer situação retratada nas Escrituras que possa ser interpretada como indício da prática das tatuagens tem base meramente conjectural, e não se escuda sobre qualquer inferência etimológica ou etnológica.

CONCLUSÃO
Nos comentários das Bíblias de Estudo de Genebra e Plenitude, apenas relatam o fato de não marcarem o corpo com mutilações por causa dos mortos, não referindo diretamente à prática de Tatuagem.

Contudo observando historicamente as práticas de outras nações, o povo de Israel é advertido a não praticar tais atos para que não fossem confundidos, e por tais atos estarem diretamente ligados à idolatria e à prostituição.
No âmbito geral da situação, percebemos que isso era uma prática cultural, não transcendendo, em alguns casos, aos dias de hoje.

É importante lembrar, que não devemos ser escândalo para nossos irmãos:Rm 14:13 - “Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes o seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão”.II Co 6: 3 - “... não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado”.
A prática da tatuagem nos dias de hoje tem sido uma forma de expressão por parte de muitos jovens. Ao contrário dos tempos em que Israel foi advertido, a tatuagem hoje tem um sentido bem diferente. Isso não isenta algumas culturas de praticarem o ato como forma de idolatria, mas no Brasil o sentido tem sido apenas uma forma de expressão.

Meu comentário pessoal e crítico sobre o assunto é que a tatuagem não impede a pessoa de ter um relacionamento intimo com o Senhor, porém deve-se observar alguns pontos antes de se fazer uma tatuagem.Devemos antes de tudo preservar a santidade, no que se diz respeito ao corpo e o fato de que podemos estar servindo de motivo de escândalo e zombaria de outrem.

Todas as palavras acima também são cabíveis ao uso de Body Piercing, Cirurgias Plásticas, Lipoaspirações e qualquer tipo de dilaceração do corpo que não seja necessário à saúde. Sendo assim, toda forma de dilaceração que não há envolvimento com os rituais pagãos não se encaixam em Lv. 19:28 - Texto esse que muitos tomam como base para proibirem a tatuagem.

Apenas um pequeno comentário acerca de um erro de exegese ocorrido por quem defende o uso de tatuagens, mostrando assim que uma tradução mal feita do texto da margem para erros de ambas as partes:

Apocalipse 19:16: “No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores.”
Em algumas versões, o termo “escrito o nome” é trocado por tatuado.

Vamos quebrar a frase:

Sintaticamente, temos o seguinte:

- Sujeito da Frase: Coxa
- Objeto Direto da Frase: Nome
- Vocativo referente ao sujeito: No Manto

Por definição temos que vocativo é:

"...É uma referência à 2ª pessoa, um apelo, um chamado, e é usado para o nome que identifica a pessoa (animal, objeto etc.) a quem se dirige e/ou ocasionalmente os determinantes de tal nome. Uma expressão vocativa é uma expressão de referência direta, em que a identidade da parte a quem se fala é expressamente declarada dentro de uma oração..." (retirado do Wikipedia)

Portanto, o que quer dizer na frase não é que o nome esteja tatuado na coxa, mas sim escrito no Manto na altura da coxa.

Vamos ao original em Latim:

19:16 - et habet in vestimento et in femore suo scriptum rex regum et Dominus dominantium.

Ressalto que o verbo empregado é SCRIPTUM, ou seja, escrito!!! Para que seja tatuado, o verbo a ser utilizado deveria ser PINGERE, ou seja:

19:16 - et habet in vestimento et in femore suo pingerum rex regum et Dominus dominantium.

Em Grego temos:

19:16 - kai ecei epi to imation kai epi ton mhron autou to onoma graphammenon basileuV basilewn kai kurioV kuriwn.

O verbo “escrever” em grego é: graphon; já o verbo “tatuar” em grego é: prosanagrapheia.
O QUE É ESCANDALIZAR???

Alguns preferem adotar uma postura mais defensiva sobre o assunto sem se aprofundar demais em debates, dizendo que tais adereços devem na verdade ser evitados porque são "escândalo".

Não devemos "escandalizar". Mas o que é "escândalo"?

Jesus disse que "é impossível que não venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm! Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um destes pequeninos." (Lucas 17:1,2).

A conclusão lógica a que chegamos então é que se eu uso um visual diferente do resto da massa e alguém me vê e se "escandaliza" (no sentido que eles dão à palavra), então, de acordo com o versículo, seria melhor que alguém amarrasse uma pedra de moinho no meu pescoço e me jogasse no mar.

Será isso que Jesus quis dizer? Creio que não.

A palavra "escândalo" no grego é "skándalon" (de onde se derivou a palavra portuguesa escândalo) e significa tropeço ou armadilha, símbolo daquilo que incita ao pecado ou à perda da fé.

Escândalo é todo ensino, palavra, obra ou omissão que incita o outro a pecar.

Um visual underground por si só não é escândalo no sentido bíblico do termo. Escândalo seria, em nosso caso, o exemplo citado anteriormente neste texto em que uma mulher é levada a usar um piercing no umbigo apenas por uma motivação luxuriosa. Agindo assim, ela voluntariamente poderia despertar em outras pessoas desejo sexual por estar expondo determinada parte de seu corpo, ou seja, poderia estar incitando alguém a pecar. De outra forma, não é escândalo.

Particularmente, conheço muitas mulheres (não cristãs inclusive) que têm piercing no umbigo mas que nunca vi usando uma blusa que o expusesse; dizem que o usam simplesmente porque gostam. Não há problema algum nisso.

Quando os setenta (ou 72, há dúvidas) tradutores do Velho Testamento para a língua grega (a Septuaginta), por ordem e encomenda de Ptolomeu II, encontraram um termo hebraico que se referia ao comportamento que levava a uma "queda" moral - o que não tinha exata tradução - socorreram-se da palavra grega clássica skandalon, "obstáculo", algo que causava um tropeço. Uma pedra no meio do caminho, por exemplo, era skandalon. Fossem paisagens tropicais, skandalon podia ser uma simples casca de banana.

A palavra passou-se depois para a Bíblia latina, a Vulgata, onde se encontra, em várias passagens, a palavra scandalum. O sentido moderno de "escândalo" evoluiu, e não é mais só a causa de uma queda; é também o seu efeito público. Por outro lado: se dissermos ser salutar evitar um escândalo, soaremos... óbvios.

Óbvio? Pois ÓBVIO é - na raiz - precisamente isso, "o obstáculo evitado", já que é formação latina de ob-, "em direção a" + viam, "caminho", estrada", donde o "óbvio" ser um caminho livre, é claro! [Francês medieval SCANDALE, "causa de pecado" <>COM RELAÇÃO À SENSUALIDADE E VAIDADE...
Bom, na grande maioria das vezes, o piercing, a tatuagem, a maquiagem, a cirurgia plástica tem caráter puramente estético.
A sensualidade não está no piercing ou tatuagem que uma determinada pessoa possa estar usando, independente do lugar, mas está na pessoa.

Existem pessoas tão "sem sal" que mesmo esta usando a roupa mais decotada do mundo, um piercing do tamanho de um puxador de cortina, ela continua "apagada". De contra partida, existem mulheres e homens, que independente de acessórios, chamam a atenção para si quase que naturalmente.
Dentro de nosso contexto evangelical, acho que o melhor a se pensar é o porquê de você querer usar um piercing ou uma tatuagem, independente de qualquer outra coisa.
Claro que as tatuagens que tenho e os piercings que coloquei estão ligados a não apenas meu estilo de vida, mas também a questões estéticas, o problema é deixar este lado tomar conta de você e te controlar.

Uma pessoa que não usa "nada", pode ser muito mais vaidoso que eu, por exemplo (este "nada" acima esta diretamente ligado ao fato de não ter nenhuma tatuagem ou piercing, mas usar um terno "Armani", uma Gravata “Louis Vuitton”, uma caneta “Mont Blanc”, Cuecas “Christian Dior” ou mesmo um relógio “Tag Heuer”).

Vaidade é tudo aquilo que toma o espaço de Deus em nossa vida, o vazio completado pelo vazio.

Alguém pode aparentar ser “a pessoa mais humilde de mundo”, e usar desta sua "humildade" para se alto promover, mostrando as demais que é mais humilde que elas (soberba). Estranho, né??? Mas, infelizmente, real.
Fiz esta ressalva, a fim de deixar claro o meu ponto de vista acerca da sensualidade.

Em um site “Gospel” (porque protestante e/ou evangelical não é e nunca será...), li certa vez que para cada piercing que uma determinada pessoa aplica, a mesma consequentemente "abre brechas" para um determinado demônio atuar em sua vida:

Nariz - significa “domínio”;
Sobrancelhas – “aprisionamento da mente”;
Orelhas “aprisionamento em áreas específicas”;
Umbigo – “males digestivos”;
Lábios – “domínio da fala”;
Genitais – “prostituição”.
Será que os cravos colocados em nosso salvador abriram brechas para demônios no momento da crucificação???

Isto é ridículo, patético e sem nenhuma base hermenêutica nem exegética. Nada disto é mencionado na bíblia.

Qual a fonte então??? Algum demônio disse, pois se está for à fonte, menos crédito devemos dar, pois é sabido de todos que ele é o "Pai da Mentira".
Entristece-me saber que a falta de sinceridade, de conhecimento teológico e em casos extremos, de caráter em alguns ministérios, faz com que mentiras sejam ensinadas a pessoas simples, única e simplesmente por medo de se perder o controle das mesmas que ali congregam ou de ser criticado por pessoas religiosas e cheias de si, mas com muito pouco de Deus...
...e o pior, comprova a carência de bíblia e a falta de sabedoria de muitos evangelicalistas.

PROIBIR É MAIS FÁCIL QUE ENSINAR...


Deus nos abençoe muito.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHAMPLIM, RUSSEL N. - Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. - Ed. Hagnus.
CHAMPLIM, RUSSEL N. - Enciclopédia da Bíblia Teologia e Filosofia - Vol. 6-S/Z - Ed. Hagnus.
BOYER, O.S. - Pequena Enciclopédia Bíblica. - Vida.
HARRISON, R.K. - Levítico - Introdução e Comentário - Ed. Mundo Cristão.
MACHO, ALEJANDRO DIEZ; BARTINA, SEBASTIÁN - Enciclopédia de la Bíblia - Vol. 6-Q/Z - Ed. Garriga.
YOUNG, BRAD H. - Comentário de Levítico - Bíblia de Estudo Plenitude.
Vários Teólogos - Comentário de Levítico - Bíblia de Estudo de Genebra.
BAGGIO, SANDRO – Material disponibilizado pela internet (pastor do Projeto 242 em São Paulo).
FAGURY, SAMUEL LIMA – Material disponibilizado pela internet
.
CRUZ, VLADMIR BARBEIRO DA – Material disponibilizado pela internet.
Textos encontrados em vários sites da Internet.

Rodrigo Joubert é proprietário do Studio “Toast Body Art”, em Belo Horizonte – MG.

Estudou Teologia no Seminário Teológico Evangélico do Brasil – STEB, com especialização em Grego pelo Departamento de Línguas Clássicas da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e pastoreou a Igreja Batista Nova Aliança, em Nova Lima, Grande BH

Atualmente congrega da Comunidade Caverna de Adulão.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

POR QUE VOCÊ NÃO PODE MUDAR SUA IGREJA (1/4)

Sabemos que muitos dos leitores do VE foram despertados para o Evangelho, mas se encontram em igrejas onde o mesmo não aconteceu. Então surge a dúvida: sair ou lutar por uma reforma? Esta série de postagens de Bobby Jamieson, do ministério 9 Marcas, traz certa sobriedade ao assunto. Antes de você tomar alguma decisão, sugiro que você espere as quatro postagens e esteja em oração.


Parece que pelo menos uma vez por mês eu recebo um email de um membro de igreja — não um pastor — perguntando como ele pode mudar sua igreja. Não “mudar” no sentido de imprimir os boletins em um papel diferente, mas no sentido de reformular a estrutura de liderança da igreja e as práticas de membresia. Deve essa pessoa dar ao pastor alguns livros? Convocar uma reunião? Começar um grupo de estudo?
Se você está nesta situação, o que você pode fazer? Como você pode mudar sua igreja quando você não é o pastor?
A resposta curta é: você não pode. Se você não é o pastor, você não pode mudar sua igreja. De verdade. É sério. Sem retratação de surpresa esperando de sobreaviso.
Agora, eu sou congregacional, então é claro que eu creio que a igreja pode — e deve — demitir seu pastor se ele começa a ir aonde a Bíblia não vai. O pastor não tem a autoridade final; a congregação como um todo tem.
Mas à parte dessas vezes excepcionais, se você não é a pessoa que está formalmente encarregada de pregar a Palavra e liderar a igreja, então você não pode mudar sua igreja de nenhuma maneira fundamental. Isso se aplica quase de maneira igual a um pastor que não é o pregador primário da igreja. (Estou me referindo primariamente a “o pastor” uma vez que a maioria das igrejas possui apenas um.)

Por que você não pode mudar sua igreja — ou seu pastor

Por que você não pode mudar sua igreja se você não é o pastor? Eis aqui quatro razões.

1. A Palavra Causa Mudança

A Palavra de Deus é o que vivifica, concede poder, ilumina, e transforma o povo de Deus. A Palavra de Deus é o que causa mudança na igreja. Isso se aplica tanto para práticas de adoração e estrutura de liderança quanto para santidade pessoal.
Portanto, a pregação que toda a igreja ouve semanalmente é a força mais importante moldando a igreja. O púlpito é a fonte de mudança. Se você não é responsável pelo púlpito, você simplesmente não pode conduzir uma mudança que afetará toda a igreja.

2. Influência, Ofício, e o Ministério da Palavra

Deus ordenou que as igrejas se submetam — confiem, sigam — seus presbíteros (Hebreus 13:17; 1 Pedro 5:5). Através de seu ensinamento e caráter piedoso, os presbíteros devem servir de exemplo ao rebanho (1 Pedro 5:3). Sua fiel exposição bíblica e suas vidas piedosas e transparentes devem multiplicar sua influência e autoridade na igreja.
Em outras palavras, quando o Espírito Santo nomeia presbíteros em uma igreja (Atos 20:28), é como se ele os colocasse em um palco diante da igreja, acendesse um refletor sobre eles, e dissesse: “Sigam estes homens!”. Então, se você não é um desses homens, por que a igreja seguiria você?
Mais do que isso, se você está tentando conduzir a igreja em uma direção diferente do que seus líderes nomeados querem levá-la, por que a igreja deveria confiar em você ao invés de seus próprios presbíteros? Neste caso você está trabalhando em oposição à natureza de como Deus deseja que a igreja seja guiada. Você está se intrometendo na maneira que Deus estabeleceu para direcionar seu povo.
Esse tipo de reforma intrometida é de alguma maneira justificável? Claro. Mas não se apresse ao invocar Lutero.
Ao invés disso, reconheça como Deus uniu o ofício de presbítero (pastor), o ministério da Palavra, e a influência pastoral. Se você está tentando liderar uma igreja a uma direção que seus próprios presbíteros não querem ir, isso provavelmente não é reforma, mas desejo de divisão.

3. Você Não Pode Ensinar a um Velho Pastor Novos Truques

Terceiro, você não pode ensinar a um velho pastor novos truques.
É claro que um homem piedoso e humilde continuará a crescer e aprender. E de vez em quando, um pastor experiente passará por uma transformação filosófica. Mas a visão da maioria dos pastores em sobre assuntos como pregação, liderança e estrutura eclesiástica não estão disponíveis para qualquer um questionar. E se a posição do pastor não vai mudar, a igreja não vai mudar.
Isso é frequentemente uma função dos limites da imaginação pastoral. Se um pastor batista ouviu apenas presbiterianos chamarem os líderes eclesiásticos de “presbíteros”, você provavelmente não conseguirá convencê-lo de que isso é bíblico. Ele simplesmente não pode imaginar que isto está certo. E se um pastor nunca foi parte de uma igreja que levava membresia a sério, então “limpar o rol” parecerá tão sábio quanto golpear um vespeiro — só dor, nenhum ganho. Ele não consegue visualizar o objetivo no lado oposto da bagunça, e então ele não é compelido a dirigir através da bagunça para chegar lá.
Muitos pastores lideram o ministério da única maneira que eles conhecem. É a única maneira que eles foram treinados, a única maneira que eles viram modelada, a única maneira que eles confiam. Então, em geral, você não pode mudar seu pastor.

4. Absalão ao Portão

Por último, vamos dizer que após desistir de tentar mudar o pastor, você ainda tente mudar sua igreja a partir de seu lugar no banco. Qual será a colheita?
Eu diria que o que quer que você faça irá quase inevitavelmente ter um efeito duplo: em alguma medida você irá enfraquecer os líderes e dividir a igreja.
Vamos dizer que você seja muito amado na igreja e é, informalmente, um líder influente. Se as pessoas começam a unirem-se a você e suas ideias, isso irá debilitar a confiança, a afeição e a lealdade ao(s) pastor(es) delas. Você será Absalão ao portão, ganhando os corações do povo e afastando-os de seu pai Davi. Independentemente dos méritos supostamente justos de sua causa, você estará enfraquecendo o(s) homem(ns) que o Espírito Santo nomeou para pastorear o corpo.
E você irá dividir a igreja. Uma vez que concordar com você é discordar do pastor, você não deixará outra escolha para as pessoas senão dividirem-se em duas facções. Ao invés de reformar a igreja, você estará encubando uma divisão de igreja.

Exceções? Próximos passos? Próximos três artigos

Existem exceções a isto? É claro que há, apesar da maioria fazer parte da regra.
E se você é um membro de uma igreja que precisa urgentemente de reforma, há alguma coisa que você possa fazer para ajudá-la a andar na direção certa, mesmo não sendo pastor? É claro que há. Eu estou dizendo que você não pode virar o barco 180 graus. Não estou dizendo que você não pode trabalhar por uma mudança menor e gradativa ou tentar gentilmente influenciar seu pastor.
Eu abordarei estes pontos, se for da vontade do Senhor, em mais três artigos nas semanas seguintes.
Por agora, apenas abaixe a arma de reforma eclesiástica, afaste-se lentamente, e ninguém se machuca. E então vá agradecer a Deus por sua igreja, ainda que ela precise de reforma, assim como eu e você precisamos.

Por Bobby Jamieson. Copyright © 2012 9Marks. Webiste: 9marks.org. Original: Why You Can’t Change Your Church (Part 1 of 4).